Significado de Purim
O SIGNIFICADO de PURIM
Purim representa a alegria sem limite, a “superioridade da luz que segue à escuridão”. De fato, a vitória permite transformar a adversidade de modo que os Judeus, cuja vida estava anteriormente em perigo, dominaram o país e superaram tudo que se opunha à revelação da santidade no mundo. Mais ainda, uma tão grande realização não foi obtida contrariando as leis da natureza, pelo contrário, o Nome de D’us não aparece na Meguila de Ester, e uma leitura rápida permite ver na mesma apenas o concurso de circunstâncias.
Precisamente por isso, Purim é o dia mais feliz do ano. Durante as três festas da peregrinação, Pessah, Shavuot e Sucot, o tribunal delegava emissários em todos os lugares para verificar se a alegria não levava a excessos. Nada disso ocorria em Purim e “somos levados a nos embriagar em Purim até não saber mais a diferença entre “maldito seja Haman” e “bendito seja Mordehai”, já que todos os acontecimentos de Purim ocorreram durante festas acompanhadas de vinho. É por isso que Iom Kipur é apenas “Kipurim”, isto é, como Purim e Purim é mais elevado que Kipur. De fato, no dia de Kipur, um Judeu só pode se elevar a D’us esforçando-se em parecer um anjo, já que Kipur é um dia de jejum, totalmente consagrado à oração e ao retorno a D’us, Tshuvá, e cortando-se do mundo. Já no dia de Purim, a Divindade se revela no meio da matéria, e é um dia de alegria sem limite, em que é obrigatório fazer uma festança, comendo e bebendo muito. Deste modo, é possível elevar-se a D’us sem cortar-se do mundo material.
A hassidut chama a atenção sobre o fato do rei Ahashverosh fazer alusão a D’us, “o Rei que possui o princípio e o fim”. É por isso que se diz “esta noite, o sono do Rei foi perturbado”. Durante a noite do exílio, D’us não “dorme”, consagrando-se em todos os momentos à proteção do Seu povo.
A LIÇÃO DE PURIM
No dia da festa de Purim, escutando a Meguila e meditando sobre a história contada, é preciso que recordemos alguns detalhes e fatos importantes que se produziram nesta época:
Um certo Haman aparece e publica um decreto cuja finalidade é o massacre e a exterminação de todos os Judeus numa data determinada. Enquanto isso, a rainha Ester pede a Mordechai para reunir todos os Judeus e jejuarem dizendo que ela se dirigiria ao rei para que o terrível decreto fosse anulado. Mordechai reuniu dezenas de milhares de crianças judias e ensinou-lhes a Torá: ele lhes mostra como fazer a oferenda do Omer quando o Templo Sagrado (Beit Hamicdash) for reconstruído. Todas as crianças estão tão entusiasmadas com o novo ensinamento que Mordechai lhes deu que exclamam, frente ao perigo mortal: “Ficaremos com você e com a Torá nos bons e nos maus dias”. Neste mesmo dia os decretos perdem sua validade. A queda de Haman já está assegurada e os Judeus são salvos, apesar de só serem informados disso alguns meses depois.
A experiência dos nossos ancestrais serve de lição para todos. É preciso compreender que um dos meios mais eficazes de fazer os Haman de todos os tempos fracassarem, assegurando sua queda e trazendo luz e alegria ao nosso povo é REUNIR CRIANÇAS JUDIAS PARA ENSINAR-LHES A TORÁ E O JUDAISMO. É preciso lhes dizer que a verdadeira e completa liberação depende inteiramente de nós, já que tão logo nós, judeus, retornemos à Torá com um arrependimento total, seremos imediatamente libertados por nosso Justo Mashiach. É preciso lhes dizer também que nosso Templo Sagrado (Beit Hamicdash) será reconstruído proximamente e que devemos ser dignos e preparar-nos para servir Hashem (D’us) no Grande Santuário. O dia em que as crianças Judias estejam penetradas deste espírito e exclamem: “Ficaremos com Você, Torá, na vida ou na morte” – este dia nossa Torá nós ensina, todos os Haman serão vencidos e veremos novamente os Judeus vivendo na luz, na alegria, na satisfação e no respeito. Que possamos ver isso se realizando em breve em nossos dias.
Há 2353 anos, em cada geração, os Judeus celebram ano trás ano a festa de Purim. Para os inimigos de Israel, para os Haman de todos os tempos, esta festa de Purim é uma advertência solene. Para nós, esta festa maravilhosa nos da outra vez coragem e fé sem fim e fortifica nossa devoção e nossa ligação com nosso grande D’us misericordioso. E ao mesmo tempo, ela é o sinal precursor e certo da nossa libertação, que não tardará a chegar.