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Plantando filhos

B’SD

PLANTANDO FILHOS

A Torá compara o ser humano a uma árvore e o Tsadic (o justo e o líder) a uma palmeira florescente. Nossos Sábios declaram de modo notável no Talmud que um Tsadic vive eternamente: “porque, assim como sua semente está viva, assim ele está vivo”.

Vale a pena observar que a palavra SEMENTE é utilizada aqui no lugar de “descendentes”, filhos ou discípulos. Ao escolher neste caso a palavra “semente” e não as palavras descendentes, filhos ou discípulos, nossos Sábios quiseram dar-nos as imagens e as idéias específicas que ela evoca em nosso espírito e ensinar-nos alguma coisa: o processo maravilhoso do crescimento, que transforma uma semente minúscula numa produção múltipla a partir do “genitor”

Do mesmo modo, educar uma criança é plantar uma semente, embora não seja tão simples. Parece mais ao fato de ocupar-se de árvores frutíferas potenciais, já que esta semente produzirá gerações e gerações da sua espécie própria. Deste modo, muito tempo e esforços serão necessários para assegurar aos nossos filhos, nossas sementes, a melhor educação e um ensino da Torá puro e adequado.

Outra idéia que o Talmud quis nos dar ao utilizar a palavra “semente” tem a ver com a atenção que uma jovem planta ou uma semente requer durante o crescimento e o efeito de alguns pequenos cuidados suplementares dados à semente no início do seu crescimento, que serão ulteriormente multiplicados.

Se fizermos um corte numa árvore madura, o mal não se estende e o dano causado fica confinado à superfície, não chegando até a raiz.. Mas se fizermos um arranhão na semente, antes de plantá-la, toda a árvore ficará irreversivelmente deformada, ou ficará estéril ou ainda pior, a árvore não poderia se desenvolver e crescer. Por isso a fundamental importância e a determinante conseqüência do tratamento da semente.

Tudo o que Hashem criou materialmente tem a sua correspondência espiritualmente. Tudo o que D’us criou na natureza serve para melhorar nosso comportamento.

Assim, se um homem maduro se deixar levar pela influência nefasta do seu meio ambiente ou pelo efeito de circunstâncias desfavoráveis, graças à sua educação e aos hábitos favoráveis adquiridos desde a infância (bom tratamento que a semente recebeu) ele retornará a si mesmo por causa dos cuidados que lhe foram conferidos durante a sua infância, e se erguerá da queda espiritual cedo ou tarde.

Por outro lado, se o jovem em questão (a sementinha) for criado num espírito de comprometimento (com mentiras, desordem sujeira, baderna, promiscuidade, adultério, assimilação, casamentos mistos, numa vida sem judaísmo e espiritualmente pobre cujo único objetivo é material), se sua semente foi manchada desde o início “ele vai errar nas trevas”, ele será privado da possibilidade de viver a felicidade de uma vida plena de sentido e será muito difícil para ele encontrar o caminho verdadeiro. Este “arranhão” na sua alma poderia dar nascimento – D’us não queira – a uma geração ESPIRTUALMENTE ENFERMA.


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