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TSAV

BS’D

Kol Hamoshiach

PARASHAT TSAV

Conteúdo da Parashá:

Þ Olat Tamid – O sacrifício de Olá diário

Þ A Mitsva (mandamento divino) de tomar um punhado de cinzas do Altar = Terumat Hadeshen

Þ A Mitsva (mandamento) de manter sobre o Altar um fogo perpétuo.

Þ O Altar Exterior do Beit Hamicdash (Mizbeach Haolá).

Þ A oferenda de iniciação do Cohen (Minchat Chinuch) – iniciar um Cohen no Serviço Divino.

Þ A oferenda do Sumo Sacerdote (Cohen Gadol) Minchat Chavitim – O Cohen Gadol devia oferecer um sacrifício pessoal duas vezes por dia.

Þ Oferendas de ações de graças = Chalamim de ações de graças – Calmei Toda = oferenda obrigatória de um judeu que escapou de um grave perigo.

Þ Não se deve consumir o sebo proibido de um animal – Chelev.

Þ É proibido consumir sangue.

Þ Os 7 dias de inauguração do santuário (Mishcan).

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“Um fogo eterno queimará no altar, e ele não será apagado.” Nossos Sábios contam que um fogo em forma de leão caia do céu sobre o altar, na época do rei Salomão; é o que denominamos, na linguagem dos nossos sábios, o fogo de cima.

Além desse fogo, a lei decide: “Mitsvá Lehavi Mine Hahédioth”, é preciso trazer um fogo “de baixo” para que o sacrifício seja aceito.

Esses dois fogos também existem a nível da alma (Neshamá).

O fogo de cima: são os estímulos que D’us comunica à alma e que provocam despertares súbitos e por vezes entusiastas.

O fogo de baixo: é a pessoa que cria estes despertares, em baixo, pela sua reflexão e seus próprios esforços.

São necessários os dois fogos para evoluir na nossa ascensão espiritual.

O versículo diz: “Um fogo eterno queimará sobre o altar, ele não será apagado” Este fogo deve estar lá em todas as situações. O Maguid de Mezeritch explica: este fogo é capaz de apagar o que não está. Nos termos do versículo: “Lo Tichbé”: ele apaga o ‘lo”, o negativo. É graças a este fogo que se apaga a negação, o mal que D’us criou no mundo.

Shabat Hagadol

Chama-se Shabat Hagadol o último Shabat que precede a festa de Pessach.

No Egito, os judeus receberam a ordem de tomar um cordeiro para cada família, para o sacrifício de Pessach. Eles receberam esta ordem no dia 10 de Nissan e o sacrifício deveria ser feito só em 14 de Nissan, isto é que eles precisaram guardar este cordeiro com eles durante quatro dias.

Naquele ano o 10 de Nissan caia num Shabat e foi neste dia que os judeus levaram, cada um deles, um cordeiro para casa.

Neste Shabat os primogênitos do Egito viram que os judeus levavam cordeiros para suas casas. Ficaram espantados e perguntaram: “Por que vocês estão levando esses animais?” Os Judeus lhes responderam: “Vamos sacrificá-los para D’us porque Ele vai matar os primogênitos do Egito e passar por cima dos primogênitos judeus!”.

Os primogênitos egípcios, ouvindo isso, ficaram com muito meto. Correram para seus pais, para o Faraó, e pediram: “Libertem logo os judeus! Não queremos que D’us nos mate!”.

Mas nem seus pais nem o Faraó quiseram escutá-los. Ninguém aceitou deixar os judeus partirem.

Os primogênitos egípcios ficaram então coléricos. Decidiram fazer a guerra aos seus pais e ao Faraó! Os egípcios lutaram entre eles e houve muitos mortos.

Egípcios mataram dessa maneira outros egípcios! Foi um grande milagre.

É com respeito a isso que os Salmos dizem: “Ele bate os egípcios por seus próprios primogênitos.” D’us castigou os egípcios com seus próprios primogênitos. Estes fizeram a guerra contra seu próprio povo!

Em lembrança a esse grande milagre o último Shabat antes da festa de Pessach se chama Shabat Hagadol. O Grande Shabat.

Ao longo da sua história, o povo judeu recebeu vários milagres. Muitas vezes é por milagre que os inimigos do povo judeu foram exterminados. Este foi o caso, por exemplo, da passagem pelo Mar Vermelho, de Purim, etc.

Porque então este milagre merece o nome de “grande milagre”? Porque é com respeito a ele que o Shabat é qualificado de o “Grande Shabat”?

É que existe uma grande diferença entre este milagre e todos os outros. Em todos os outros casos, é D’us, ou o povo judeu que destrui aqueles que nos querem mal. Aqui, pelo contrário, são nossos inimigos se destruem a eles mesmos. São egípcios que matam outros egípcios! Este é o grande milagre!

2 de Nissan

é o Iartseit do Rabi Sholom Dov-Ber (5860-1920), conhecido como o ‘Rebe Rashab’, o quinto líder de Chabad-Lubavitch.

O Rebe Rashab deixou este mundo na saída do Shabat Vaicrá, véspera de domingo 2 de Nissan, às três horas e meia da manhã, na cidade de Rostov.

O Rabi Dov Ber Rivkin descreveu extensamente o seu decesso. Ele se encontrava freqüentemente na casa do Rabi Rashab e teve o mérito de servi-lo nas suas últimas horas. Ele escreveu em “Eshcavta de Rabi”:

“Na véspera do Shabat Parashat Vaicrá, às dezessete horas, entrei no quarto do Rabi e vi que seu rosto havia mudado totalmente, que tinha ficado muito sombrio, literalmente inflamado. Seus olhos estavam salientes. Os médicos se encontravam à sua volta e faziam o que estava em seu poder e no da medicina para aliviá-lo. Seguravam sua mão para tomar o pulso. Não nos informaram da gravidade da situação mas já sabiam que, pelas vias naturais, não havia mais esperança.

Pela noite, todos os Chassidim se reuniram no quarto que servia de local de oração e leram Tehilim. Imploraram a misericórdia divina, soluçando. Na noite do Shabat, o médico Landau disse a alguns Chassidim que, pela maneira natural, não havia mais nada a esperar. Ele achou que precisava prevenir seu filho, o Rabi Raiats, que poderia ter alguma pergunta a fazer ao seu pai.

Quando o médico Landau explicou a situação ao Rabi Raiats, este teve dificuldade em aceitar. Ele sabia que seu estado era grave, mas não imaginava que se encontrava neste extremo. Na saída do Shabat, em torno das vinte e duas horas, o Rabi Raiats estava perto da cama do pai, quando o Rabi Rashab se dirigiu a ele com voz clara:

“Estou partindo para o céu, mas deixo-lhe meus manuscritos. Conduzam-me à sala e ficaremos juntos.”

O Rabi Raiats, ao ouvir estas palavras, ficou espantado. O Rabi Rashab, ao constatá-lo, disse:

“Uma reação emocional? Precisa reagir com o intelecto! Com seu intelecto!”

Ele foi imediatamente transportado, deitado na sua cama, para a grande sala, aquela onde ele havia estudado a Torá e servido a D’us, aquela desde a qual ele havia difundido sua intensa luz no mundo inteiro. Sua cama foi colocada perto do muro leste. Os médicos não o abandonavam e a cada dez minutos, lhe davam várias injeções.

Os Chassidim se reuniram e multiplicaram as orações e as súplicas, e verteram terríveis lágrimas para que D’us prolongue a vida do Rabi. Acrescentou-se também ao seu nome, Chaim. Os Chassidim constituíram um tribunal de três juizes, diante do qual cada um podia oferecer uma parte da sua vida, fazendo-o adquirir assim, de maneira efetiva, um certo número de anos. Cada um lhe ofereceu seis meses. A Rabanit Shterna Sara se apresentou ela própria diante do tribunal e quis oferecer dez anos da sua vida mas o tribunal recusou aceitar mais de dois anos dela.

Ao redor das duas horas da manhã, o Rabi Raiats, que estava perto da cama do pai, levantou-se. Imediatamente o Rabi Rashab mexeu o braço e os lábios murmuraram. O Rabi Raiats entendeu que ele queria abençoá-lo e ele abaixou a cabeça para que ele possa pousar as mãos sobre ela. Depois, ele abençoou também as filhas do Rabi Raiats.

Ficou claro que suas forças o abandonavam. Ele mantinha os olhos fechados e sua respiração enfraquecia a ponto de interromper-se. O Rabi Raiats exclamou:

“Pai! Pai!”

Todos os presentes sentiram que o coração se rasgava. Isso aconteceu várias vezes seguidas.

Na última vez, o Rabi Rashab parou de respirar e o Raiats gritou ainda:

“Pai! Pai!”

O Rabi Rashab abriu os olhos e olhou para ele. Caíram lágrimas dos seus olhos, logo, imediatamente, fechou novamente os olhos.

Sua respiração ia enfraquecendo cada vez mais. Um instante mais tarde, seu rosto se contraiu e ele parou de respirar. Todos os Chassidim presentes, gritaram, com terríveis soluços:

“Shema Israel ...”

Os médicos colocaram uma pena diante das suas narinas e os gritos redobraram. Seu rosto foi coberto. Sua alma ascendeu para os céus, na pureza e na santidade. Aqueles que ficaram estavam chorosos.

Todos os judeus de Rostov participaram do enterro, que ocorreu no velho cemitério da cidade. Em 5700-1940, as autoridades quiseram destrui-lo e seu túmulo foi então transferido para o novo cemitério.

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