O Mes de Kislev e Hanuka nesta Parasha
Lemos a Parashá de “Chaié Sara” no último Shabat do mês de Mar-Cheshvan, isto é, naquele em que se abençoa o mês de Quislev. Isto certamente não ocorre por acaso, foi a vontade de Hashem.
Para demonstrá-lo bem, podemos observar que o nome do mês, Quislev, e a festa que nele ocorre, Chanucá, estão ligados à Parashá de Chaié Sara.
Nossa Parashá começa com a frase: “A vida de Sara foi de 127 anos”; foi com essa idade que ela faleceu.
A palavra Quislev vale, em hebraico, exatamente 127: se somarmos o valor de cada uma das suas letras (6=vav; 10=iud; 30=lamed; 60=samech; 20=caf) dará 126. É preciso acrescentar 1 para a própria palavra Quislev e o resultado será 127.
Nossa Parashá nos conta o milagre que acontecia a cada semana com Sara e Rivca.
Para acender as luzes de Shabat, elas utilizavam óleo. As luzes deveriam queimar durante todo o dia de Shabat se apagando logo; o óleo existente era suficiente exatamente para isso. Mas elas duravam a semana toda. Então as luzes de Shabat acesas sexta feira brilhavam até a sexta feira seguinte.
Após a morte de Sara, seu filho Itschac se casou com Rivca. Ele a trouxe para sua casa onde ela substituiu Sara. É o que nos diz a Torá: “Itschac a trouxe para a tenda de Sara, sua mãe”. Rashi nos explica esta frase: Rivca fizera como Sara - enquanto Sara estava viva, a luz de Shabat queimava de uma sexta feira à sexta feira seguinte. Quando ela morreu, este milagre parou mas com a chegada de Rivca, ele recomeçou. As luzes ficaram de novo acesas durante a semana toda.
Exatamente no mês de Quislev, aconteceu uma história que se parece muito com esta: a de Chanucá, em que festejamos também o milagre da jarra de óleo. Seu conteúdo, que bastaria exatamente para acender a Menorá do Beit Hamicdash durante um dia, queimou por oito dias.
Vemos bem, então, que o nome do mês de Quislev bem como a festa que nele se encontra, Chanucá, estão ligados à Parashá Chaié Sara.