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hoje é minha festa: sou arvore!!!

Tu be chvat- 15 de chvat

N A T U R E Z A

A festa de Tu Be Shvat, o Ano Novo das Árvores, celebra o re-despertar do reino vegetal a cada primavera. Num nível mais profundo, isto corresponde ao potencial humano para o crescimento periódico para a auto-renovação e para o avanço contínuo na procura da iluminação espiritual. De tudo que uma pessoa observa, ela pode colher informação que se soma à sua sabedoria. Isto inclui lugares comuns tais como o florescimento de uma árvore.

As árvores, como a maioria das espécies do reino vegetal, consiste de três partes distintas: as raízes, o corpo (tronco, ramos e folhas), e o fruto (a pele ou a casca, a própria fruta e suas sementes). Podem fazer-se algumas observações com respeito às diferenças existentes entres estas partes.

As raízes, embora completamente escondidas da vista, são as que tiram a força vital primária da árvore. É através do seu sistema de raízes que a árvore adquire estabilidade física; se suas raízes são fortes, a árvore não será desenraizada, apesar de todos os ventos que possam soprar contra ela.

O corpo da árvore compreende o tronco, que fornece sua principal fonte de balanço. Com o tempo, o tronco, os ramos e as folhas engrossam, aumentando dessa maneira o corpo. A idade da árvore poderá então ser determinada pelos anéis do tronco.

Mas a perfeição última de uma árvore, e o caminho para a sua imortalidade provem da produção do fruto. Dentro de cada semente está o potencial para germinar uma nova árvore, geração após geração.

Um versículo das Escrituras diz: “Olha, o homem é como a árvore do campo.” De fato, muitos aspectos da vida espiritual de uma pessoa podem ser vistos em termos das qualidades aparentes de uma árvore.

As raízes representam a fé, através da qual uma pessoa se conecta com sua fonte de vida, o Criador. Na medida que uma pessoa aumenta seus conhecimentos da Torá e a realização dos seus preceitos, sua força vital é tirada da fé básica em D’us.

O tronco da árvore e seu corpo correspondem ao estudo da Torá, ao cumprimento das mitsvot e aos bons feitos – atividades que devem compreender a maioria dos procedimentos da pessoa. Pela abundância das mitsvot por ele realizadas e pelos seus alcances no estudo da Torá, pode se discernir a idade de um homem, denotando uma vida cheia de sabedoria e realizações.

Os frutos de um ser humano são suas realizações e o grau de perfeição que ele alcança através delas. Além de cumprir todas as obrigações que lhe correspondem, a pessoa deve ser capaz de influenciar seus amigos e seu meio ambiente de modo que eles também se esforcem para alcançar a perfeição. Em essência, seu papel é agir como uma semente que vai servir de gatilho para o florescimento de outras árvores que vão também adquirir raízes (fé), tronco e ramos (estudos de Torá e bons feitos), e por sua vez suportar frutos (ajudando outros a viverem melhor).

Concluindo, as raízes de uma pessoa e sua fonte principal de sustentação é a fé simples. A fraqueza da fé expões a existência espiritual da pessoa, apesar da sua estatura física ou da sua posição material na vida. Isto é porque a função mais importante de cada indivíduo – a verdadeira coluna vertebral da sua estrutura – está nos bons feitos, que felizmente crescem todo dia.

Contudo, uma pessoa só atinge sua real perfeição quando ela “suporta frutos”, isto é quando ela é capaz de provocar um impacto positivo nos outros, inspirando-os para que, por sua vez, possam agir e cumprir o propósito último da sua criação. Desta maneira, nosso esforço produzirá um legado que sobreviverá e crescerá de geração em geração.

UM ARRANHÃO NUMA SEMENTE

A Torá compara o ser humano a uma árvore e o Tsadic (o justo e o líder) a uma palmeira florescente. Nossos Sábios declaram de modo notável no Talmud que um Tsadic vive eternamente: “porque, assim como sua semente está viva, assim ele está vivo”.

Vale a pena observar que a palavra SEMENTE é utilizada aqui no lugar de “descendentes”, filhos ou discípulos. Ao escolher neste caso a palavra “semente” e não as palavras descendentes, filhos ou discípulos, nossos Sábios quiseram dar-nos as imagens e as idéias específicas que ela evoca em nosso espírito e ensinar-nos alguma coisa: o processo maravilhoso do crescimento, que transforma uma semente minúscula numa produção múltipla a partir do “genitor”

Do mesmo modo, educar uma criança é plantar uma semente, embora não seja tão simples. Parece mais ao fato de ocupar-se de árvores frutíferas potenciais, já que esta semente produzirá gerações e gerações da sua espécie própria. Deste modo, muito tempo e esforços serão necessários para assegurar aos nossos filhos, nossas sementes, a melhor educação e um ensino da Torá puro e adequado.

Outra idéia que o Talmud quis nos dar ao utilizar a palavra “semente” tem a ver com a atenção que uma jovem planta ou uma semente requer durante o crescimento e o efeito de alguns pequenos cuidados suplementares dados à semente no início do seu crescimento, que serão ulteriormente multiplicados.

Se fizermos um corte numa árvore madura, o mal não se estende e o dano causado fica confinado à superfície, não chegando até a raiz.. Mas se fizermos um arranhão na semente, antes de plantá-la, toda a árvore ficará irreversivelmente deformada, ou ficará estéril ou ainda pior, a árvore não poderia se desenvolver e crescer. Por isso a fundamental importância e a determinante conseqüência do tratamento da semente.

Tudo o que Hashem criou materialmente tem a sua correspondência espiritualmente. Tudo o que D’us criou na natureza serve para melhorar nosso comportamento.

Assim, se um homem maduro se deixar levar pela influência nefasta do seu meio ambiente ou pelo efeito de circunstâncias desfavoráveis, graças à sua educação e aos hábitos favoráveis adquiridos desde a infância (bom tratamento que a semente recebeu) ele retornará a si mesmo por causa dos cuidados que lhe foram conferidos durante a sua infância, e se erguerá da queda espiritual cedo ou tarde.

Por outro lado, se o jovem em questão (a sementinha) for criado num espírito de comprometimento (com mentiras, desordem sujeira, baderna, promiscuidade, adultério, assimilação, casamentos mistos, numa vida sem judaísmo e espiritualmente pobre cujo único objetivo é material), se sua semente foi manchada desde o início “ele vai errar nas trevas”, ele será privado da possibilidade de viver a felicidade de uma vida plena de sentido e será muito difícil para ele encontrar o caminho verdadeiro. Este “arranhão” na sua alma poderia dar nascimento – D’us não queira – a uma geração ESPIRTUALMENTE ENFERMA.

DEZ DE SHVAT

Foi no dia 10 de Shvat de 1950, o Rebe Shlita (Menachem Mendel Schneerson) encabeçou os Chassidim de Chabad. Em menos de meio século ele se tornou o Tsadic para o qual uma geração inteira se dirigiu. Quem não pediu uma bênção sua? Quem não conhece alguém que foi milagrosamente salvo por ele? Ao aproximar-se o 10 de Shvat cabe, portanto, um balanço. Nunca na história do povo Judeu, um justo alcançou uma tal notoriedade em sua geração. Após a revelação do Monte Sinai, Moshé, definindo seu papel ao povo Judeu, disse: “Eu estou entre D’us e vocês para transmitir-lhes a Palavra de D’us”. Rashi, o comentarista tradicional da Torá, diz: “transmitir a vocês: colocar ao alcance de vocês”. Assim, cada um de nós tem o mérito de viver numa época literalmente ao alcance de cada Judeu. Temos o direito então de perguntar-nos: será que cada um de nós está compenetrado das formidáveis forças que o Rebe distribui amplamente? Será que elas foram usadas na sua justa medida, para participar da revolução da Teshuvá, o fato marcante da presente geração?

O Rebe anunciou a iminência da libertação. A profecia do Rebe, que salvou milhares de Judeus com suas orações e com suas bênçãos, não poderia ser colocada em dúvida.

O Dia dez de Shvat é certamente um dia propício para a meditação: será que temos o comportamento de um Judeu de Mashiach?

Aquele que compara a atitude do Rebe com a dos grandes do nosso povo, como por exemplo o Chafets Chaim, que, em outras épocas, estavam animados por um intenso desejo de conhecer a libertação, comete um profundo erro. O Rebe não se limita a reavivar a esperança. Ele anunciou claramente a iminência da libertação repetidas vezes. A vinda de Mashiach não é uma esperança, é uma realidade.. Ele profetizou claramente a sua vinda. O Rebe proclamou: “O TEMPO DA VOSSA LIBERTAÇÃO CHEGOU” e “EIS QUE MASHIACH ESTÁ CHEGANDO”. A redenção é iminente e é preciso preparar-se para ela.

O Rebe pediu que cada um de nós se reforçasse na espera ativa de Mashiach – aumentando em três domínios: TORÁ (Estudo) - TEFILOT (Orações) – TSEDACÁ (Ajuda ao Próximo) e proclamando: LONGA VIDA AO REBE, O REI MASHIACH PARA SEMPRE.

***

BATI LEGANI.....vim ao meu jardim... (Cantar dos Cantares, 5:1). Não está escrito no jardim e sim no MEU jardim, na Minha residência, no lugar onde Me encontrava anteriormente. (Midrash Rabá sobre o versículo).

Este versículo evoca o reaparecimento da presença Divina sobre a terra no momento que Moshé edifica o Santuário. A luz que o Midrash projeta sobre este versículo está na fonte dos ensinamentos mais fundamentais do Chassidismo. É também a este versículo que se refere o último ensinamento escrito pelo Rebe precedente, o Rabino Iossef Itschac, do qual comemoramos a Hilula no dia 10 de Shvat.

Também, a cada ano, o Rebe, na sua intervenção pública de 10 de Shvat, extrai deste versículo (a partir da explicação dada pelo Rabino precedente) novos ensinamentos cujo alcance se estende à vida judaica de todos os dias.

-.-.-.-.

10 Shvat 5674 – 1914

Nesta data, a Rabanit Rivca, esposa do Rabino Maharash, deixou este mundo.

A Rabanit Rivca nasceu em Lubavitch, em 5593-1833. Seu pai era o Rav Aharon, filho de Rav Moshé Alecsandrov de Shclov e sua mãe a Rabanit Chaia Sara, filha do Admor Haemtsaí.

Quando ainda jovem perdeu seu pai e sua mãe, a Rabanit Sheina, esposa do Admor Haemtdai. Em 5609-1849, casou com seu primo, o Rabino Maharash.

A Rabanit Rivca era conhecida por sua grande elevação espiritual e seu bom coração. Ela se distinguia por sua generosidade que era legendária entre os Chassidim. Ela ia sem parara nas casas dos pobres, preparando as festas alegres que deviam ser celebradas nas mesmas. Quando se fundou a Ieshivá Tomchei Temimim, em 5657-1897, ele se rewsponsabilizou pela subsistencia meterial dos seus alunos. Ela supervisionava pessoalmente a preparação dos alimentos. Quano os alunos vinham comer, ela se interessava por cada um deles em particular, perguntando-lhe se tinha comido o suficiente, e se progredia nos estudos.

A Rabanit conhecia muitas histórias e o Rebe Raiats coletou com ela muitas dessas históprias. Com respeito a isso, escreveu:

“A cada dia, ao voltar do Cheder, eu ia na casa da minha vó, a Rabanit Rivca, e lhe pedia para me contar uma história. Continueu fazendo essas visitas até que ela deixou este mundo. Os relatos da minha avó ocupam um lugar particular do meu diário e das minhas lembranças.

Ela me contou inúmeras histórias. Parte delas, aquelas que me é permitido revelarar, oralmente ou por escrito, foram relatadas em diferentes ocasiões. Aquilo que nào posso contar fica guardado comigo, assim como o escutei, conforme a bênção do meu pai.”

Ela tinha um profundo respeito pelo seu marido, o Rabino Maharash. Conta-se com respeito a isso que uma vez, quando saia do quarto do seu marido, sua roupa ficou presa na porta. Por respeito ao marido ela nãou ousou obri-la. Para não incomodá-lo. Ficou assim duante várias horas at’q eua o marido saiu do quarto e a viu. Ele [pergoutou-lh então:

“Você ainda está aqui?”

Uma vez ela ouviu que um dos seus filhos tinha se tornado comerciante. Ela ficou chorando durante vários dias. Estava literalmente inconsolável. Peguntaram-lhe então:

“Porque choras tanto? Teu marido deixou este mundo ainda jovem e não choraste tanto! Porque estás agora inconsolável?”

Ela respondeu:

“Não chorei quando meu marido morreu porque D’us quis que ele deixe este mundo jovem. Por outro lado, o fato do meu filho ser comerciante vai contra a vontade do meu marido e contra a vontade de D’us”.

Durante o inverno 5674-1914, a Rabanit ficou doente. No dia 9 de Shvat seu estado se agravou e ela ficou falando do seu sogro, o Tsemach Tsedec e do seu marido, o Rabino Maharash. Na sextafeira de manhã, véspera de Shabat 10 de Shvat, ela leu o Shema Israel e disse o Shmoné Essré, e depois deixou este mundo.

Pouco antes do seu decesso, ela contou a alguns Chassidim que possuía lençóis nos quais nossos mestres, desde o Admor Hazaquen até o Rabino Maharash, tinham sido secados quando da sua purificação ritual, após seus decesso. Ela indicou que os procurava há muito tempo e que tinha acabado de encontrá-los.

As instituições Beth Rivca do mundo todo levam seu nome. Ela está enterrada em Lubavitch, perto do Tsemach Tsédec e do Rabino Maharash.

(Cartas e Discursos do Rabino Raiats,

Hacriá Vehaquedushá, Shmuot Vesipurim).

10 Shvat 5710-1950

O Rabino Raiats deixou este mundo

Um dos seus alunos relata no seu diário: ...

O doutor Seligsohn nos conta que esta manhã, às sete horas e cinquenta, telefonaram para pedir-lhe que venha o mais rápido possível, Ele chegou e encontrou o Rabino à beira da agonia. Ele lhe deu duas injeções fortes, mas em vão.

Às oito e sete, as forças do mal levaram e nosso Rebe, líder e cavaleiro de Israel subiu para o céu.

No Domingo 11 de Shvat ocorreu o enterro. Às doze e trinta o caixou foi levado do dormitório para o da Rabanit, descendo depois pelas escadas. Saiu para a rua peloa porta principal. Ali o caixão apareceu, e sobre ele estava o manto preto de Shabat. As pessoas se atropelavam cada um querendo pelo menos tocar o caixão. Alguns desmaiavam e alguém teve um ataque cardíaco. O caixão estava no memso lugar, incapaz de adiantar-se. Tentou fazer-se ordem mas sem consegui-lo. Introduziu-se o caixão num carro. Foi assim que se conseguir avançar até o edifício da Ieshivá, em Bedford Avenue. Dali o comboio se dirigiu ao Cemitério Montefiore, em Long Island.

O caixou desceu na fossa. Neste preciso instante, ninguém chorava. As forças e os sentidos estavam petrificados. Todos ficam silenciosos, presos nos seus lugares.

Três quartos de hora mais tarde, o túmulo do nosso pai e nossa luminário foi fechado. Todos se sentiam amargos. Voltou-se ao 770, fez-se a oração de Mincha e começou o luto. Ainda teve lágrimas e choros, e Tehilim. Estávamos no seu quarto, os olhos fixos na sua poltrona. O coração ainda recusava-se a acreditar.”

Ele foi enterrado em Nova Iorque.

10 Shvat 5710-1950

O Rebe encabeça o povo Judeu.

Embora só tenha sucedido oficialmente o seu sogro apenas um ano depois o seu decesso, o Rebe, a partir do 10 de Shvat 5710-1950, tornou-se para todos os Chassidim aquele que era consultado para fazer uma pergunta ou solicitar uma bênção.

10 Shvat 5711-1951

O Rebe pronunciou seu primeiro discurso chassídico, introduzido pelo versículo “vim para meu jardim”..

Um dos alunos da Ieshiva relata no seu diário:

“Durante o Shabat precedente ao 10 de Shvat, oramos no apartamento do Rabino Raiats já que o ano de luto não havia ainda concluído. O Rebe leu a Haftará embaixo. Nesta ocasião chorou muito em particular pelo último versículo: “nada temas, meu servo, Iaacov”, bem como nas bênçãos, quando disse “porque, pelo Teu Santo Nome, Tu lhe prometeste que sua luz não se apagaria jamais”.

Na véspera do dia 10 de Shvat, o Rebe vestia uma roupa de seda, como no shabar e nas festas. Centenas de pessoas viera rezar com ele. Ele chorou muito, durante as três oraçòes.

Cada um escreveu uma carta para pedir-lhe uma bênção e a treansmitiu ao Rebe. Todos se dirigiram ao t

Úmulo. Antes de partir, um pedido de bênção foi formulado em nome de todos. Uma carta foi lida na casa de estudo, pela qual os Chassidim, em todos os lugares em que se encontravam, pedem ao Rebe Raiats que o Rebe aceite dirigi-los. Esta cara foi logo entreque ao Rebe que, em primeiro lugar, recusou lê-la, depois a leu soluçando.

10 Shvat 5730-1970

Pela primeira vez o discurso do Rebe foi retransmitido no mundo inteiro, Assim começou a conquista da terra pela difusão da Chassidut..

O dia 10 de Shvat 5730-1970, marcou o vigésimo ano de direção espiritual do povo Judeu pelo Rebe. Mais uma etapa foi então ultrapassada na conquista do mundo pela difusão da Chassidut. Pela primeira vez, de fato, o discurso do Rebe era retransmitido em todo o globo. Ele ocorreu na saída do Shabat. Na véspera, sexta feira, tinha sido concluída a escrita do Sefer Torá destinado a ir ao encontro do nosso justo Mashiach.

DEZ DE SHVAT

Foi no dia 10 de Shvat de 1950, o Rebe Shlita (Menachem Mendel Schneerson) encabeçou os Chassidim de Chabad. Em menos de meio século ele se tornou o Tsadic para o qual uma geração inteira se dirigiu. Quem não pediu uma bênção sua? Quem não conhece alguém que foi milagrosamente salvo por ele? Ao aproximar-se o 10 de Shvat cabe, portanto, um balanço. Nunca na história do povo Judeu, um justo alcançou uma tal notoriedade em sua geração. Após a revelação do Monte Sinai, Moshé, definindo seu papel ao povo Judeu, disse: “Eu estou entre D’us e vocês para transmitir-lhes a Palavra de D’us”. Rashi, o comentarista tradicional da Torá, diz: “transmitir a vocês: colocar ao alcance de vocês”. Assim, cada um de nós tem o mérito de viver numa época literalmente ao alcance de cada Judeu. Temos o direito então de perguntar-nos: será que cada um de nós está compenetrado das formidáveis forças que o Rebe distribui amplamente? Será que elas foram usadas na sua justa medida, para participar da revolução da Teshuvá, o fato marcante da presente geração?

O Rebe anunciou a iminência da libertação. A profecia do Rebe, que salvou milhares de Judeus com suas orações e com suas bênçãos, não poderia ser colocada em dúvida.

O Dia dez de Shvat é certamente um dia propício para a meditação: será que temos o comportamento de um Judeu de Mashiach?

Aquele que compara a atitude do Rebe com a dos grandes do nosso povo, como por exemplo o Chafets Chaim, que, em outras épocas, estavam animados por um intenso desejo de conhecer a libertação, comete um profundo erro. O Rebe não se limita a reavivar a esperança. Ele anunciou claramente a iminência da libertação repetidas vezes. A vinda de Mashiach não é uma esperança, é uma realidade.. Ele profetizou claramentea sua vinda. O Rebe proclamou: “O TEMPO DA VOSSA LIBERTAÇÃO CHEGOU” e “EIS QUE MASHIACH ESTÁ CHEGANDO”. A redenção é iminente e é preciso preparar-se para ela.

O Rebe pediu que cada um de nós se reforçasse na espera ativa de Mashiach – aumentando em três domínios: TORÁ (Estudo) - TEFILOT (Orações) – TSEDACÁ (Ajuda ao Próximo) e proclamando: LONGA VIDA AO REBE, O REI MASHIACH PARA SEMPRE.

***

BATI LEGANI.....vim ao meu jardim... (Cantar dos Cantares, 5:1). Não está escrito no jardim e sim no MEU jardim, na Minha residência, no lugar onde Me encontrava anteriormente. (Midrash Rabá sobre o versículo).

Este versículo evoca o reaparecimento da presença Divina sobre a terra no momento que Moshé edifica o Santuário. A luz que o Midrash projeta sobre este versículo está na fonte dos ensinamentos mais fundamentais do Chassidismo. É também a este versículo que se refere o último ensinamento escrito pelo Rebe precedente, o Rabino Iossef Itschac, do qual comemoramos a Hilula no dia 10 de Shvat.

Também, a cada ano, o Rebe, na sua intervenção pública de 10 de Shvat, extrai deste versículo (a partir da explicação dada pelo Rabino precedente) novos ensinamentos cujo alcance se estende à vida judaica de todos os dias.

-.-.-.-.

10 Shvat 5674 – 1914

Nesta data, a Rabanit Rivca, esposa do Rabino Maharash, deixou este mundo.

A Rabanit Rivca nasceu em Lubavitch, em 5593-1833. Seu pai era o Rav Aharon, filho de Rav Moshé Alecsandrov de Shclov e sua mãe a Rabanit Chaia Sara, filha do Admor Haemtsaí.

Quando ainda jovem perdeu seu pai e sua mãe, a Rabanit Sheina, esposa do Admor Haemtdai. Em 5609-1849, casou com seu primo, o Rabino Maharash.

A Rabanit Rivca era conhecida por sua grande elevação espiritual e seu bom coração. Ela se distinguia por sua generosidade que era legendária entre os Chassidim. Ela ia sem parara nas casas dos pobres, preparando as festas alegres que deviam ser celebradas nas mesmas. Quando se fundou a Ieshivá Tomchei Temimim, em 5657-1897, ele se rewsponsabilizou pela subsistencia meterial dos seus alunos. Ela supervisionava pessoalmente a preparação dos alimentos. Quano os alunos vinham comer, ela se interessava por cada um deles em particular, perguntando-lhe se tinha comido o suficiente, e se progredia nos estudos.

A Rabanit conhecia muitas histórias e o Rebe Raiats coletou com ela muitas dessas históprias. Com respeito a isso, escreveu:

“A cada dia, ao voltar do Cheder, eu ia na casa da minha vó, a Rabanit Rivca, e lhe pedia para me contar uma história. Continueu fazendo essas visitas até que ela deixou este mundo. Os relatos da minha avó ocupam um lugar particular do meu diário e das minhas lembranças.

Ela me contou inúmeras histórias. Parte delas, aquelas que me é permitido revelarar, oralmente ou por escrito, foram relatadas em diferentes ocasiões. Aquilo que nào posso contar fica guardado comigo, assim como o escutei, conforme a bênção do meu pai.”

Ela tinha um profundo respeito pelo seu marido, o Rabino Maharash. Conta-se com respeito a isso que uma vez, quando saia do quarto do seu marido, sua roupa ficou presa na porta. Por respeito ao marido ela nãou ousou obri-la. Para não incomodá-lo. Ficou assim duante várias horas at’q eua o marido saiu do quarto e a viu. Ele [pergoutou-lh então:

“Você ainda está aqui?”

Uma vez ela ouviu que um dos seus filhos tinha se tornado comerciante. Ela ficou chorando durante vários dias. Estava literalmente inconsolável. Peguntaram-lhe então:

“Porque choras tanto? Teu marido deixou este mundo ainda jovem e não choraste tanto! Porque estás agora inconsolável?”

Ela respondeu:

“Não chorei quando meu marido morreu porque D’us quis que ele deixe este mundo jovem. Por outro lado, o fato do meu filho ser comerciante vai contra a vontade do meu marido e contra a vontade de D’us”.

Durante o inverno 5674-1914, a Rabanit ficou doente. No dia 9 de Shvat seu estado se agravou e ela ficou falando do seu sogro, o Tsemach Tsedec e do seu marido, o Rabino Maharash. Na sextafeira de manhã, véspera de Shabat 10 de Shvat, ela leu o Shema Israel e disse o Shmoné Essré, e depois deixou este mundo.

Pouco antes do seu decesso, ela contou a alguns Chassidim que possuía lençóis nos quais nossos mestres, desde o Admor Hazaquen até o Rabino Maharash, tinham sido secados quando da sua purificação ritual, após seus decesso. Ela indicou que os procurava há muito tempo e que tinha acabado de encontrá-los.

As instituições Beth Rivca do mundo todo levam seu nome. Ela está enterrada em Lubavitch, perto do Tsemach Tsédec e do Rabino Maharash.

(Cartas e Discursos do Rabino Raiats,

Hacriá Vehaquedushá, Shmuot Vesipurim).

10 Shvat 5710-1950

O Rabino Raiats deixou este mundo

Um dos seus alunos relata no seu diário: ...

O doutor Seligsohn nos conta que esta manhã, às sete horas e cinquenta, telefonaram para pedir-lhe que venha o mais rápido possível, Ele chegou e encontrou o Rabino à beira da agonia. Ele lhe deu duas injeções fortes, mas em vão.

Às oito e sete, as forças do mal levaram e nosso Rebe, líder e cavaleiro de Israel subiu para o céu.

No Domingo 11 de Shvat ocorreu o enterro. Às doze e trinta o caixou foi levado do dormitório para o da Rabanit, descendo depois pelas escadas. Saiu para a rua peloa porta principal. Ali o caixão apareceu, e sobre ele estava o manto preto de Shabat. As pessoas se atropelavam cada um querendo pelo menos tocar o caixão. Alguns desmaiavam e alguém teve um ataque cardíaco. O caixão estava no memso lugar, incapaz de adiantar-se. Tentou fazer-se ordem mas sem consegui-lo. Introduziu-se o caixão num carro. Foi assim que se conseguir avançar até o edifício da Ieshivá, em Bedford Avenue. Dali o comboio se dirigiu ao Cemitério Montefiore, em Long Island.

O caixou desceu na fossa. Neste preciso instante, ninguém chorava. As forças e os sentidos estavam petrificados. Todos ficam silenciosos, presos nos seus lugares.

Três quartos de hora mais tarde, o túmulo do nosso pai e nossa luminário foi fechado. Todos se sentiam amargos. Voltou-se ao 770, fez-se a oração de Mincha e começou o luto. Ainda teve lágrimas e choros, e Tehilim. Estávamos no seu quarto, os olhos fixos na sua poltrona. O coração ainda recusava-se a acreditar.”

Ele foi enterrado em Nova Iorque.

10 Shvat 5710-1950

O Rebe encabeça o povo Judeu.

Embora só tenha sucedido oficialmente o seu sogro apenas um ano depois o seu decesso, o Rebe, a partir do 10 de Shvat 5710-1950, tornou-se para todos os Chassidim aquele que era consultado para fazer uma pergunta ou solicitar uma bênção.

10 Shvat 5711-1951

O Rebe pronunciou seu primeiro discurso chassídico, introduzido pelo versículo “vim para meu jardim”..

Um dos alunos da Ieshiva relata no seu diário:

“Durante o Shabat precedente ao 10 de Shvat, oramos no apartamento do Rabino Raiats já que o ano de luto não havia ainda concluído. O Rebe leu a Haftará embaixo. Nesta ocasião chorou muito em particular pelo último versículo: “nada temas, meu servo, Iaacov”, bem como nas bênçãos, quando disse “porque, pelo Teu Santo Nome, Tu lhe prometeste que sua luz não se apagaria jamais”.

Na véspera do dia 10 de Shvat, o Rebe vestia uma roupa de seda, como no shabar e nas festas. Centenas de pessoas viera rezar com ele. Ele chorou muito, durante as três oraçòes.

Cada um escreveu uma carta para pedir-lhe uma bênção e a treansmitiu ao Rebe. Todos se dirigiram ao t

Úmulo. Antes de partir, um pedido de bênção foi formulado em nome de todos. Uma carta foi lida na casa de estudo, pela qual os Chassidim, em todos os lugares em que se encontravam, pedem ao Rebe Raiats que o Rebe aceite dirigi-los. Esta cara foi logo entreque ao Rebe que, em primeiro lugar, recusou lê-la, depois a leu soluçando.

10 Shvat 5730-1970

Pela primeira vez o discurso do Rebe foi retransmitido no mundo inteiro, Assim começou a conquista da terra pela difusão da Chassidut..

O dia 10 de Shvat 5730-1970, marcou o vigésimo ano de direção espiritual do povo Judeu pelo Rebe. Mais uma etapa foi então ultrapassada na conquista do mundo pela difusão da Chassidut. Pela primeira vez, de fato, o discurso do Rebe era retransmitido em todo o globo. Ele ocorreu na saída do Shabat. Na véspera, sexta feira, tinha sido concluída a escrita do Sefer Torá destinado a ir ao encontro do nosso justo Mashiach

hoje é minha festa: sou arvore!!!
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