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Cidade da Teshuvá
Cidades de refúgio
As cidades de refúgio permitiam que aqueles que tinham matado alguém por inadvertência se protegessem de um eventual “vingador de sangue”, (o goel hadam). Nessas cidades, os refugiados tinham tudo o que precisavam, tanto materialmente quanto espiritualmente (estudo da Torá*). Eles se exilavam nestas cidades até a morte do Cohen Gadol (grande Sacerdote). Se eles saíssem de lá, eles não tinham mais proteção e o vingador podia matá-los. Moisés designou três cidades de refúgio na Transjordânia e, seu sussessor, Yoshua fez o mesmo na Terra Santa, em Israel. Além disso, quarenta e duas cidades de Leviim (da tribo de Levi) ofereciam asilo. Quando o Mashiah* chegar, três outras cidades de refúgio serão anexadas a terra de Israel no territórios de Keni, Kenisi e Kadmoni.
O pensamento ‘Chassidico* insiste sobre a importância de tal refúgio, no sentido espiritual. Na verdade, aquele que transgride a Lei da Torá* é considerado como alguém que “derramou o sangue do Homem Celeste”. Ele desviou a vitalidade da santidade para prendê-la nas forças do mal. Assim, quando o homem transgride a Lei da Torá*, ele é entregue as forças do mal, (o vingador de sangue). Assim como está escrito na Torá: “Teu mal te fará sofrer”. Para se proteger de seus pecados, a pessoa deve se refugiar numa dessas “cidades” espirituais, que são o estudo da Torá.
Existe, no sentido espiritual, várias cidades de refúgio. Os Sábios dizem que “as palavras da Torá* constituem um refúgio”. O homem que transgrediou os Preceptos da Torá se afastou do caminho certo. Ele é considerado como aquele que matou alguém sem querer. Para se proteger de sua má inclinação, tal o “vingador do sangue”, e deve antes de tudo se refugiar no estudo da Torá*. Assim, “a luminária que a Torá* contém lhe encaminhará para o bem pois segundo os Sábios, D´us disse: “Quando eles Me abandonarem, que eles possam guardar minha Torá”.
Da mesma forma que o estudo da Torá* é uma cidade de refúgio, existe também um refúgio no tempo. Trata-se do mês de Elul*. Este mês é propício para fazer o balanço do ano e consertar os erros.
Na época, as cidades de refúgio eram sinalizadas por grandes painéis, fixados no cruzamento dos caminhos permitindo que o transgressor (tal o matatador por inadvertência), se orientasse facilmente. Esta sinalização era muito importante. Hoje em dia, é necessário indicar para todos a existência de refúgios espirituais, e facilitar o acesso aos lugares onde se pode aprender a Torá* e melhorar sua atitude.
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